quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

 Doce indiferença


Há uma arte. A do doce sentir. Ou do amargo sentir demais. Independente de tamanha arte, o mundo se desfaz. Não há aquele que sequer sente mais que a gente, e quando sente, o sentimento é tamanho que se confunde no tamanho desespero marítimo do atlântico. Tamanhas almas se perdem nesse mar, nessa confusão que talvez nem seja mais mais somente minha. 

Amadurecimento talvez? quem sabe? 

Não imagino que seja se no menor desespero e na menor indiferença sentimental o doce e  amargo sentir demais se transforma em meu pior defeito. Procurar. Talvez, aquele que sinta comigo o tanto que sinto por outro alguém sempre demais, sempre mais, sempre a procura de equilíbrio. 

O mais estranho talvez seja que quando sinto alguém que sente como eu, me afasto, estranho e vejo que não sinto tanto. 

Talvez eu ame mesmo não alguém, mas a indiferença. 


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